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Arquivo da tag: arte digital

http://www.geoplay.info

Geoplay é uma aplicação web que se apropria de imagens postadas no panoramio (WWW.panoramio.com),aplicativo do Google maps no qual o internauta posta fotografias
georeferenciadas. O participante define um trajeto e as imagens serão
selecionadas pelo software para criar um audiovisual em tempo real.

O trabalho, que se utiliza da plataforma web 2.0, cria representações do espaço
urbano na era digital com imagens anônimas e intencionalidades diversas,
olhares múltiplos sobre a paisagem. Fatos e intimidades são revelados. A
representação do espaço envolve uma coletividade, um imaginário, imagens
coletivas. Pode-se passear pela cidade através destes trajetos ficcionais e
imagéticos e descobrir outras camadas de significação e valores atribuídos ao
urbano.

Tracemap (2008), de Karla Brunet, é um mapeamento fluído de percursos dos
participantes com uso de PDAs com GPS e o software do projeto. Então, é
percorrer o espaço urbano (que pode ser uma deriva) e, ao invés de desenhá-lo
fisicamente no mapa, o traçado é gerado através do dispositivo tecnológico.
Cria-se uma visualização de dados deste percurso por meio de um mapa.

www.locativepainting.com.br

Locative Paintings, é um projeto de Martha Gabriel que consiste
na criação de um mapa essencialmente artístico na internet com a participação
do internauta, que participa inserindo um CEP e escolhendo uma cor para o
traçado. Assim, a partir desta trajetória, num espaço físico em
potencial, cria-se um traçado no mapa.

http://www.gpsart.net/#projects

No GPSart Projeto Own Ways,o usuário (interator, na terminologia da arte-tecnologia)
que tenha um telefone celular com GPS, pode instalar o software GPSart
desenvolvido por  Cicero Silva e Marcos Khoriati. Este software, que necessita do Android para funcionar, localiza o usuário por GPS e registra com um traçado o caminho enquanto este se desloca no espaço. Este registro-rastreio é inserido no Google Maps. Possibilita, então,
uma intervenção criativa “do homem real na nova cartografia do espaço
representacional”, segundo os autores. É clara a influência de projetos, já
históricos, de mídia locativa e mapas como o GPS Drawing de Jeremy Wood, que
neste rastreio do deslocamento no espaço gera escrituras no mapa.

www.artsatbr.unb.br

O projeto ArtSatBr de 2008, foi desenvolvido pelo Laboratório de Pesquisa em Arte e Realidade Virtual do departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília (UNB). Coordenado por Suzete Venturelli, Mario Maciel e programação de Sidney Medeiros.

Cria um espaço de disponibilização e troca de informações sobre temas sociais críticos.
Tem uma filiação em trabalhos de ativismo social no sentido de proporcionar um
espaço de crítica e denúncia social. Nesta cartografia colaborativa, os
participantes podem adicionar dados (fotos, vídeos, sons, textos) sobre
temáticas sociais e ambientais que são organizadas em cinco categorias:
queimadas, poluição, pastos irregulares, desmatamento e miséria. Elas são
identificadas com ícones característicos para auxiliar a navegação no mapa e a
visualização das informações. Os participantes (os interatores) identificam no
mapa aproximadamente a localização do evento, a situação, a comunidade, etc., e
adicionam a informação. Compartilha-se, desta forma, não apenas no Brasil, mas
no mundo questões urgentes em tempo real.

O projeto é referencial para as possibilidades do uso das mídias móveis e
digitais para a construção coletiva e democrática de informação. Uma
alternativa para saber (em tempo real) de acontecimentos na sociedade (em todo
mundo) que podem ser ignorados ou pouco divulgados na mídia convencional.

http://aqi.unb.br/

O projeto Aqi,, lançado em abril de 2011, coordenado por Tiago Lucena, é uma criação de
plataforma computacional que une plataforma web e aplicativo para celular.

Vinculado ao Projeto Narrativas Emergentes em Vida Urbana Misturada,
integrante do Projeto Wikinarua, o projeto foi desenvolvido no LART- Laboratório
de Pesquisa em Arte e Tecnociência do FGA-Gama, sob a orientação de Diana
Domingues e financiamento do MINC XPTA Lab Cinemateca. Tem a base do Google,
maplink e aplicação móvel desenvolvida para celulares com plataforma Android.

Por meio deste o usuário pode inserir conteúdos, produzidos no próprio espaço urbano que
são geolocalizados e inseridos no site. A partir destes conteúdos, que podem ser textos, vídeos, fotografias, outros usuários podem acrescentar informações colaborativamente. A intenção é permitir a criação de narrativas urbanas, fruto da experiência no espaço com o suporte web e as ferramentas das tecnologias móveis. As pessoas que tiverem este aplicativo no celular serão avisadas quando estiverem em lugar próximo a um ponto do mapa, assim têm acesso à informação inserida no mapa e podem interferir, acrescentar, interagir com ela. Tal característica evidencia um aspecto caro à arte e à tecnologia hoje, a
integração entre espaço físico e ciberespaço, o que é chamado de espaço
cíbrido, híbrido ou intersticial. Corresponde a esta conexão entre o espaço e
as camadas de informação presentes no ciberespaço.

Como exposto no site: “Lugares possuem histórias. Cada esquina, cada árvore e cada
prédio podem guardar um elemento importante na vida de alguma pessoa. Passear
pela cidade contando suas histórias, inventando outras, lembrando dos fatos
ocorridos em determinadas ruas, criticando problemas no seu bairro são ações
que podemos fazer usando um aparelho celular.”


 

http://www.lucialeao.pro.br/hermenetka/

 

(imagem cedida pela autora)

Hermenetka é um projeto criado em 2005 pela artista multimídia Lúcia Leão. Parte da ideia, ou melhor, do conceito de “Mediterrâneo” “como um espaço de trocas culturais e de fluxo, em permanente mutação. Nele coabitam várias épocas da civilização humana.”[1] Então, desta noção de mediterrâneo há a perspectiva histórica, conceitual e imaginária deste lugar-conceito.

Pode-se participar do proteto enviando imagens poéticas a partir da pergunta “o que é Mediterrâneo para você?”. Há, assim, a colaboração direta do público colocando imagens e textos no banco de dados do projeto. Outra forma de participação, esta digamos, “involuntária”,se dá pela busca feita no Image na internet, ou seja, imagens postadas na internet entram no projeto por meio de busca pelo Google.

Cria-se, assim, um mapa dinâmico como uma videoarte colaborativa que opera com múltiplas imagens de múltiplos usuários, com buscas randômicas no ciberespaço. Em tais cartografias, a imagem gerada é composta por sobreposições de imagens e textos que compõem o banco de dados do sistema.

[1] Entrevista/conversa com Lúcia Leão disponível no blog Cartografias on line.

Plural maps: lost in São Paulo

http://www.lucialeao.pro.br/pluralmaps

(imagem cedida pela artista)

Projeto de Lucia Leão iniciado em 2002 para a Bienal de São Paulo.

A plataforma do projeto é baseada em labirintos construídos em VRML (VirtualRealityModelingLanguage = LinguagemparaModelagemdeRealidadeVirtual), software para criações gráficas em 3D que possibilita navegação e inserção de dados.

A artista, pesquisadora e professora Lucia Leão uniu questões sobre a cidade em que vive e o fascínio pela estética do labirinto, que remete ao labirinto do ciberespaço, como também da metrópole e suas possibilidades de acontecimentos, conexões, informações e trocas de sensibilidades.  O labirinto como uma noção aberta de mapa, conectável e móvel, rizomática e em rede, como sugere Delleuze.

NO labirinto há nós (links) que levam a pontos específicos da cidade com web cams instladas, como também há contribuições dos participantes com sons, imagens, audiovisual, textos, etc.         A cartografia construída colaborativamente sobre a cidade de São Paulo revela olhares sobre seus habitantes, como também algo do imaginário sobre esta cidade de participantes estrangeiros.

Como diz a artista em seu site: “Plural maps é um convite para que o participante torne-se o próprio cartógrafo, seja contribuindo para o mapa construído colaborativamente (com imagens, sons, textos, vídeos) seja percorrendo o trajeto do mapa.”

Qualquer pessoa com acesso a internet pode contribuir na produção de informações sobre um dado espaço, tornando-se cartógrafo da sua própria realidade.

Texto publicado na DiCYT, Agência de Notícias para a divulgação da Ciência e Tecnologia que forma parte do Projecto Novatores do Instituto ECYT da Universidad de Salamanca.

Web arte e cartografias digitais

O uso da cartografia na web arte destaca algumas soluções criativas que envolvem o questionamento dos atuais recursos de localização espacial

Maria Amelia Bulhões/ComCiência/Labjor/DICYT – O fenômeno da cibercultura, marca do mundo contemporâneo, caracteriza-se pelas relações socioculturais estabelecidas com o uso das tecnologias de base microeletrônicas desenvolvidas a partir dos anos 70. A origem do termo cibercultura advém de cibernética, estando ligada a um modelo conceitual baseado na ideia de conduzir, guiar ou pilotar comunicações, e sua utilização original foi para fins militares. Ciberespaço é o termo normalmente utilizado para se referir a um espaço de comunicações, utilizando a internet, que é um conglomerado de redes interligadas pelo protocolo IP, a world wide web (www). Uma rede remota internacional, que proporciona a transferência de arquivos e dados para milhares de pessoas ao redor do mundo, via computadores, mais popularmente designada como rede web.

O desenvolvimento internacional dessa rede, com sua utilização generalizada a partir da segunda metade dos anos 90, oferece aos usuários formas individualizadas de percorrer os inúmeros caminhos colocados a sua disposição, buscando encontrar os objetos de seu interesse e se conectar com seu grupo ou tribo. A arte, ao instalar-se nesse amplo e difuso conjunto de vias de informação, cria seus lugares particulares, com suas específicas relações de pertencimento. Entretanto, nem todo trabalho de arte que se encontra na internet pode ser chamados de web arte. Estes se caracterizam por serem criados especificamente com os recursos da própria rede, por existirem total e unicamente on-line e por serem realizados a partir de programas específicos de composição de páginas da internet. Um aspecto fundamental é que se trata de uma produção multimídia, que combina mídias estáticas (texto, gráficos, fotografias) com mídias dinâmicas (animação, áudio, vídeo).

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Evento que tem ganhado corpo no Brasil, importante para discutir aprodução artística envolvendo as novas tecnologias tratando do universo das mídias móveis e arte digital. Tem produzido, inclusive uma reflexão crítica e teórica propondo panoramas e discussões.

texto do site: http://www.artemov.net

O Vivo arte.mov é um espaço para a produção e reflexão crítica em torno da chamada “cultura da mobilidade”.

Ao priorizar a utilização consciente das mídias móveis, a fim de construir formas de compartilhar o saber e o conhecimento, o programa possibilita o acesso à informação e a novas práticas artísticas. Através de uma programação cultural que explora as possibilidades criativas no campo das mídias móveis e locativas, o Vivo arte.mov propicia também a inserção de experiências afins no espaço público.

Catálogo do evento em 2010

NOVAS CARTOGRAFIAS URBANAS: ARTE E TECNOLOGIA DESENHANDO UMA NOVA PAISAGEM.

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